Discurso de Constantino Viaro
Constantino Viaro, filho de Guido Viaro, fez este discurso, na comemoração dos 50 anos do CJAP:

A coisa começou muito antes. O trabalho de Guido Viaro com as crianças teve início antes do meu nascimento e veja, estou com 65 anos de idade. O Centro Juvenil de Artes Plásticas está comemorando 50 anos.
A semente de trabalho deste, é a soma de esforços de uma equipe bem plantada, que entendeu a mensagem, os objetivos e a importância que o conhecimento artístico tem em nossas vidas.
O prazer que ele mesmo teve em sua infância, em perceber o mundo apaixonante das artes, com os seus tios o pintar Antonio Viaro e o escultor Ângelo Viaro, ainda na Itália – e que transformou sua vida – fez com que ele fosse um porta-voz e defensor incansável da arte na educação. Este trabalho, ele desenvolveu desde o momento em que ao chegar em Curitiba, nos anos trinta, constatou a carência de uma visão mais ampla dos princípios artísticos, que o resto do mundo já havia absorvido a algum tempo. Foi em 1937 que começou a fazer os primeiros contatos com as escolas, inicialmente levou apenas tinta de parede, papel e pincel, para que elas pintassem o que desejavam, totalmente livres.
Este foi o início,depois com o apoio de alguns educadores, que entenderam a importância do trabalho, conseguiu ampliá-lo não somente em Curitiba, mas também para algumas cidades do interior.
Uma das grandes incentivadoras de seu trabalho foi a professora Eny Caldeira, como diretora do Instituto de Educação do Paraná ampliou, na época, esse trabalho ainda experimental à 17 mil crianças das escolas públicas de Curitiba e vizinhanças.
Lembro que alguns Secretários o apoiaram com grande entusiasmo, e chegaram a ir juntos ao interior, como Nilson Ribas e Vidal Vanhoni, também Erasmo Piloto sempre foi um entusiasta e o apoiou.
Neste trabalho, realizado na época, sempre carente de recursos para a sua continuidade, foi que se deu a fundação do Centro Juvenil de Artes Plásticas, no ano de 1953, com a finalidade de institucionalizar a idéia, com uma estrutura pública estável.
Nestes cinqüenta anos, muitos professores e orientadores passaram pelo Centro Juvenil de Artes Plásticas. Citar nomes seria uma injustiça porque certamente estaríamos esquecendo alguns, mas cumprimentando todos, queremos dizer que a instituição foi perfeita em suas realizações, consolidando um trabalho que foi um sonho do meu pai. A falta de recursos, as dificuldades, não mudaram muito, mas persiste a vontade, a determinação e a paixão por esse trabalho. Meus cumprimentos a essa magnífica equipe que num trabalho de revezamento conseguiu manter acesa e fulgurante essa tocha do saber. Milhares de crianças passaram por essa instituição. Alguns se transformaram em artistas profissionais.
O mais importante do balanço destes anos, é que estas levaram na bagagem de sua vida adulta, uma visão artística mais apurada, resultado da janela para o mundo, que um dia se abriu em sua infância, no Centro Juvenil de Artes Plásticas.
Costantino Viaro
Curitiba, 16 de junho de 2003.

A coisa começou muito antes. O trabalho de Guido Viaro com as crianças teve início antes do meu nascimento e veja, estou com 65 anos de idade. O Centro Juvenil de Artes Plásticas está comemorando 50 anos.
A semente de trabalho deste, é a soma de esforços de uma equipe bem plantada, que entendeu a mensagem, os objetivos e a importância que o conhecimento artístico tem em nossas vidas.
O prazer que ele mesmo teve em sua infância, em perceber o mundo apaixonante das artes, com os seus tios o pintar Antonio Viaro e o escultor Ângelo Viaro, ainda na Itália – e que transformou sua vida – fez com que ele fosse um porta-voz e defensor incansável da arte na educação. Este trabalho, ele desenvolveu desde o momento em que ao chegar em Curitiba, nos anos trinta, constatou a carência de uma visão mais ampla dos princípios artísticos, que o resto do mundo já havia absorvido a algum tempo. Foi em 1937 que começou a fazer os primeiros contatos com as escolas, inicialmente levou apenas tinta de parede, papel e pincel, para que elas pintassem o que desejavam, totalmente livres.
Este foi o início,depois com o apoio de alguns educadores, que entenderam a importância do trabalho, conseguiu ampliá-lo não somente em Curitiba, mas também para algumas cidades do interior.
Uma das grandes incentivadoras de seu trabalho foi a professora Eny Caldeira, como diretora do Instituto de Educação do Paraná ampliou, na época, esse trabalho ainda experimental à 17 mil crianças das escolas públicas de Curitiba e vizinhanças.
Lembro que alguns Secretários o apoiaram com grande entusiasmo, e chegaram a ir juntos ao interior, como Nilson Ribas e Vidal Vanhoni, também Erasmo Piloto sempre foi um entusiasta e o apoiou.
Neste trabalho, realizado na época, sempre carente de recursos para a sua continuidade, foi que se deu a fundação do Centro Juvenil de Artes Plásticas, no ano de 1953, com a finalidade de institucionalizar a idéia, com uma estrutura pública estável.
Nestes cinqüenta anos, muitos professores e orientadores passaram pelo Centro Juvenil de Artes Plásticas. Citar nomes seria uma injustiça porque certamente estaríamos esquecendo alguns, mas cumprimentando todos, queremos dizer que a instituição foi perfeita em suas realizações, consolidando um trabalho que foi um sonho do meu pai. A falta de recursos, as dificuldades, não mudaram muito, mas persiste a vontade, a determinação e a paixão por esse trabalho. Meus cumprimentos a essa magnífica equipe que num trabalho de revezamento conseguiu manter acesa e fulgurante essa tocha do saber. Milhares de crianças passaram por essa instituição. Alguns se transformaram em artistas profissionais.
O mais importante do balanço destes anos, é que estas levaram na bagagem de sua vida adulta, uma visão artística mais apurada, resultado da janela para o mundo, que um dia se abriu em sua infância, no Centro Juvenil de Artes Plásticas.
Costantino Viaro
Curitiba, 16 de junho de 2003.